sexta-feira, 15 de abril de 2011

Assassinos em massa.

Todo o país ficou chocado com o recente crime ocorrido numa escola em Realengo no Rio de Janeiro no dia 07 de abril. Um ex-aluno entrou na escola, feriu várias crianças, matou 12 e logo após ter sido baleado pela polícia cometeu suicídio. Esse caso foi muito noticiado durante a semana e até saiu na imprensa internacional e não quero mais ficar tratando do crime, pois infelizmente as vidas perdidas já não voltam mais. Do que quero escrever aqui é sobre o que motivou esse rapaz tão novo a cometer tamanha barbárie, assim como outros assassinos em massa.

Nesse caso de Realengo o matador tinha um histórico de humilhações e perdas e muitos acreditam ter sido o espírito de vingança que o motivou a cometer o crime. Uma coisa já é certa: esses assassinos em massa canalizam todo esse sofrimento e angústias sofridas para estudar e planejar a maneira de vingar-se. São mentes perigosas, inteligentes, que tem consciência das conseqüências do que fazem. São crimes (bem) planejados, tanto que o rapaz carregava consigo uma mala com um lençol e uma carta dentro quando entrou na escola. Ela sabia bem o que estava fazendo. Destruiu em sua casa o que poderia servir de pistas ou provas sobre ele e seus comparsas, mas felizmente a polícia conseguiu resgatar algumas informações. Outro caso bem conhecido ocorreu em 2007. Um sul-coreano matou 32 pessoas nos Estados Unidos em uma escola técnica e depois suicidou. Mas o que levou essas pessoas a cometerem tantos assassinatos? E porque homens?

Algumas pesquisas já mostraram que mulheres são menos propensas a sentir raiva do que os homens. Para os homens as coisas se resolvem na “porrada”, na violência, na agressão física. Já as mulheres tendem a usar o chamado pelo psicólogo Nicki Crick de "agressão relacional", caracterizada por boatos, fofocas, flagrantes, zombaria etc.

Os assassinos em massa têm pontos em comum quanto ao seu histórico de vida, atitudes e pensamentos. Fox e Jack Levin, diretor do Centro Brudnick para Conflito e Violência, da Northeastern, listaram cinco fatores: “Um longo histórico de frustração e fracasso; tendência a culpar os outros e nunca aceitar a culpa por seus próprios erros; ser socialmente isolado e solitário; passar por algum tipo de ‘gota d'água,’ como ser abandonado pela namorada ou demitido de um emprego e ter acesso a armas de fogo, preferivelmente de alta potência”.

Todos nós passamos por perdas, sofrimentos, medos angústias, humilhações, desgostos, aflições, uns mais, outros menos é verdade. Mas para uma pessoa tornar-se criminosa como nesses casos, é necessário bem mais que isso. Acredito que essas pessoas devam ter algum tipo, algum grau de doença mental, como no caso de Realengo, que já foi comprovado que o homicida fazia até tratamento, mas havia deixado há algum tempo.

Essas pessoas se revoltam contra a sociedade, intensificam o que vivem de uma forma negativa, se vêem como vítimas, acham que foram injustiçados, culpam os outros por seus fracassos e sentem que a vida não vale a pena. E antes de morrerem, geralmente suicidando, eles precisam de alguma satisfação, alívio de ter feito justiça, de ter se vingado, punindo aqueles que eles consideram responsáveis.

O governo brasileiro deve tomar como base esse e outros tantos casos e cuidar para que essas pessoas doentes sejam tratadas e assim poderem conviver em sociedade. Porque enquanto família e Estado não se unirem para olhar por essas pessoas, eles estão olhando pela gente, e sabe lá planejando o quê.

Um comentário:

  1. Oiee....
    agradeço por esta postagem pois me ajudou muito
    na realização de um trabalho.
    bjs e parabens

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