sábado, 8 de outubro de 2011

A anencefalia e o aborto

Fim de período sem muito tempo pra escrever, então resolvi postar esse trabalho da facul (meu e de alguns colegas), pois é um tema que além de interessante, deve ser bastante discutido.

A anencefalia consiste em uma má-formação congênita que atinge cerca de um em cada mil bebês. A palavra significa “sem cérebro”, mas essa expressão não é apropriada, pois nessas situações faltam ao bebê atingido algumas partes do cérebro, enquanto outras garantem as funções vitais do organismo. Essa patologia afeta a configuração encefálica e a dos ossos do crânio que rodeiam a cabeça do bebê. A anencefalia incide em uma má formação rara onde há o fechamento do tubo neural acontecido entre o 16° e o 26° dia de gestação. Esta é a malformação fetal mais freqüentemente relatada pela medicina.

Quando um bebê anencéfalo sobrevive após o parto, terá apenas algumas horas ou alguns dias de vida. O feto anencéfalo é gravemente deficiente no plano neurológico. Faltam-lhe as funções cerebrais correspondentes aos fenômenos da vida psíquica, sensibilidade, a mobilidade, a integração de quase todas as funções corpóreas. Um feto anencefálico não usufrui de nenhuma função superior do sistema nervoso central "responsável pela consciência, cognição, vida relacional, comunicação, afetividade e emotividade."

O risco de incidência dessa patologia aumenta 5% a cada gravidez seguinte. Inclusive, mães diabéticas têm seis vezes mais probabilidade de gerar filhos com este problema. Há também maior incidência em mães muito jovens ou de idade avançada. Uma das formas de prevenção mais indicadas é a ingestão de ácido fólico antes e durante a gestação. A anencefalia é letal em 100% dos casos.

Apesar de a gravidez poder ser levada adiante normalmente (pois a saúde da mãe não corre risco diferente que em gestações de bebês saudáveis), muitas vezes as mães são aconselhadas a interromper a gravidez. No Brasil a interrupção é crime, pois o aborto só é permitido legalmente em duas condições: quando a gravidez resultou de um estupro ou quando a vida da mãe está em risco. Entretanto, alguns juízes já deram autorização para que isso acontecesse de forma legal, mas essas decisões, como se é esperado, causam polêmica e são alvo de discussões.

O ABORTO

O aborto de fetos anencéfalos é de bastante controvérsia e divide a opinião da sociedade. Mas, polêmico ou não, o assunto é de bastante relevância e merece ser discutido com atenção para assim formar-se um parecer oficial e legal para regular as situações em conflito. Iremos expor então, os dois lados dessa problemática.

As pessoas que defendem a interrupção da gestação usam de alguns argumentos com base, por exemplo, no bem-estar psicológico da família da criança. A Lei 9.434 de 04 de fevereiro de 1997, que é a lei de Transplante de Órgãos, é usada como respaldo para justificar tal ato. Assim como só é possível a retirada de órgãos após a morte encefálica do paciente, como o legislador aceita a morte encefálica do paciente como prioridade para o transplante, e não a consente no caso do feto anencefálico? É uma contradição. Outras pessoas acreditam que a gestação de feto anencefálico é conflitante, uma vez que, tal prática, além de não trazer em hipótese alguma possibilidade de longa vida ao feto, gera danos à saúde da em virtude do alto índice de óbito intra-uterino desses embriões. Até porque, desde 1968, o Comitê da Escola de Medicina de Harvard, concluiu que o coração deixou de ser o órgão central da vida e a falta de batimentos cardíacos, a significação da morte. Elegeu-se, em troca, o cérebro, de forma que a morte passou a ser definida como a abolição total da função cerebral. Dessa forma, é arriscado insistir em continuar com uma vida que não possui sua completa atividade cerebral e que de certo não irá sobreviver. Há que se preocupar também com a mãe, pois a gravidez não é um episódio desimportante na vida de uma mulher. É algo que lhe acarreta a transformação total de seu ser. Segundo Pámela Chavez Aguilar:

“É uma duplicação: um fazer-se dois: outra pulsação e minha pulsação, outra respiração e minha respiração. Já não é a mesma porque não é uma; é ela transformada em dois. Junto a outro que agora é uma pulsação, uma respiração, mínimos sinais vitais (…) Estar grávida não é pois assunto trivial. Nem enfermidade, nem assunto de órgão corpóreo: é uma situação existencial – limite que coloca a mulher diante do supremo mistério de ser um e ser com outro. Desta forma, o embrião aparece para a mãe como um ser-outro-formando-se-dentro-do-corpo materno”.

Há de se observar que na anencefalia, não há o pressuposto da vida, mas apenas da morte. Vale, contudo, ressaltar que o conceito de saúde, enquanto direito fundamental de acordo com a Constituição (art. 196) não se limita apenas à saúde física. A OMS (Organização Mundial da Saúde) define a saúde como o estado de completo bem estar físico, mental e social. E nos casos de anencefalia, a saúde psíquica da mulher passa por graves perturbações. O diagnóstico da anencefalia já provoca inquietação no núcleo familiar. Bem como a depressão, frustração, tristeza e angústia. A gestante se vê obrigada à torturante espera do parto de um feto irrealizável. Vale lembrar também que se o aborto fosse um dia aceito pelo nosso ordenamento, a mãe teria a faculdade pra escolher se queria ou não interromper a vida do feto, assim como nos outros casos que hoje são permitidos, ela não seria obrigada a fazer tal ato.

Já outras pessoas, acreditam que a mãe deve zelar pelo seu filho e mesmo nessas situações prosseguir com a gestação. Um dos argumentos iniciais é sobre o Código Civil brasileiro, no artigo 2º, que declara que “a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro”. Nos bebês anencéfalos, apesar da deficiência no cérebro, todos os demais órgãos funcionam, devendo-se esperar, pois, que a morte, em seu devido tempo, aconteça, e não que se interrompa sua vida. Existe também o artigo 1º da nossa Constituição que expõe o “princípio da dignidade da pessoa humana” que assegura que o bebê tenha sua vida respeitada, uma vez que esta é um direito fundamental e essencial. Outro ponto importante a ser observado é esse tema sob a ótica dos religiosos, os quais exercem uma pressão muito grande junto aos políticos e até mesmo perante os juízes. Os religiosos são claramente contra o aborto, quaisquer que seja a situação. Para eles a questão ultrapassa os limites da medicina e o que lhes interessa é a vida, pois o aborto é um assassinato e isso é pecado.

No Brasil, o Código Penal define o aborto como crime contra a vida, com exceção em duas hipóteses: quando a gestação é decorrente de estupro ou quando a vida da mãe corre risco. Como a gravidez de um nascituro anencefálico normalmente não é resultado de estupro nem implica risco para a vida da mãe, o aborto neste caso é proibido pela lei. Entretanto, alguns juízes entendem que a mulher tem o poder de decisão sobre seu corpo e sobre a vida de seu filho, e essas jurisprudências vêm ocorrendo a favor da interrupção da gravidez. A LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) estabeleceu no seu artigo 4° que quando a lei for omissa, o juiz decidirá de acordo com a analogia e os princípios gerais do Direito. E no artigo subseqüente: "Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum".

Por fim, os Três Poderes do nosso governo devem unir-se para discutir e decidir sobre esse tema, diante das lacunas existentes no Direito e devido a novos problemas que surgem a cada dia, com a evolução dos tempos. São vidas que estão em jogo, da mãe, do pai, do bebê e de toda uma família. Em muitos países essa situação já foi legalizada e o aborto aceito como em alguns países da Europa, no Canadá, em Cuba e na China. A proibição ou não do aborto das crianças com anencefalia deve ser resolvida e legalizada para que a família e o médico não fiquem dependentes dos valores, opiniões e do caráter dos juízes envolvidos nos casos.

sábado, 20 de agosto de 2011

Religião

Religião. Para o dicionário é a crença em forças sobrenaturais. Para as pessoas é a instituição que engloba os princípios e rituais dessa crença sobrenatural. Ao longo dos tempos o homem tratou de criar e recriar essas instituições, moldando-as conforme sua época, sua origem e valores, embora muito tenha se resguardado.

Existem hoje muitas “religiões”: o catolicismo, judaísmo, islamismo, protestantismo, hinduísmo, budismo, espiritismo, confucionismo, enfim. Em todas elas há sempre um ou mais seres supremos, deuses que as pessoas glorificam e acreditam ser poderosos, únicos e sábios. Mas há também aquelas pessoas que não acreditam em nada disso. E temos que respeitar. Temos que respeitar toda e qualquer manifestação de fé, ninguém é obrigado a participar do que não quer, mas a respeitar, sim.

O que mais a gente vê pelo mundo são guerras devido às diferenças de crenças e valores entre as pessoas. O que elas não conseguem enxergar é que cada um busca o que lhe faz bem e a religião é isso: é o elo que você cria, é a paz que você busca, é a felicidade que você persegue, é a calmaria, é o conforto, sua paixão, seus valores. Todos têm o direito de zelar e “endeusificar” quem quer que seja ou o que seja. Não há uma verdade absoluta. Ninguém sabe o que aconteceu no mundo antes de nascer. Quem garante que os livros dizem a verdade? Quem garante que o Alcorão ou mesmo a Bíblia são transcritos ipsis litteris do que Alá disse para Maomé e que Jesus a seus discípulos? A manipulação sempre existiu!

Independente do nome que a gente carregue, devemos respeitar a religião de cada um, pois é maneira que cada um encontra pra viver melhor. Não condene as pessoas pelo que elas acreditam ou pela maneira como vivem. Não pense que há deuses diferentes e que um é mais importante que o outro. Só há um Deus! Nós é que o interpretamos de diferentes maneiras e o multiplicamos. Não se prenda a nomenclaturas, sua religião é tudo o que te liga a esse ser supremo, independente do que as instituições pregam. Não precise de santos ou objetos pra se comunicar com Deus. Converse você mesmo com Ele, tenho certeza que Ele irá te escutar. Fique em silêncio, escute a resposta dEle pra você, muitas vezes não vai ser nem um SIM nem um NÃO, apenas um TENHA CALMA, ESPERE. E você esteja pronta pra esperar o tempo de Deus. Mas cuidado! Isso não significa ficar parada e cruzar os braços, esperando que Ele faça tudo, você tem que fazer por merecer. Deus te dá a chave, basta você encontrar a porta certa. Não se sinta na obrigação de ir à missa, ao culto, ou às reuniões toda semana... A casa de Deus tem que ser primeiramente a sua CASA, o seu CORAÇÃO. Deus não tem que estar perto de você, mas dentro de você. Se aproxime dEle, Ele é simples e só que ser seu amigo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Música, pra quê te quero?

Diante de uma geração que prefere músicas com ambiguidades maliciosas, que valoriza mais a "batida" do que a letra e que faz ser sucesso aquelas canções "chicletes" que não querem dizer nada, apenas rimar; eu resolvi postar uma música bem bacana que retrata essa triste realidade atual. Não que, vez por outra eu não me pegue cantarolando "você, você, você você" ou "tchubirabiron", mas o problema é SÓ cantar isso. Músicas sem letra de verdade, sem algo pra dizer, pra ensinar, isso sem falar nos metidos a cantores como as mulheres-frutas [nooossa ;/], ex-participante de reality show ou celebridade em decadência, por exemplo.

Enfim a música é: Aos Meus Heróis de Júlio César Marassi.

"Faz muito tempo que eu não escrevo nada,
Acho que foi porque a TV ficou ligada
Me esqueci que devo achar uma saída
E usar palavras pra mudar a sua vida.

Quero fazer uma canção mais delicada,
Sem criticar, sem agredir, sem dar pancada,
Mas não consigo concordar com esse sistema
E quero abrir sua cabeça pro meu tema

Que fique claro, a juventude não tem culpa.
É o eletrônico fundindo a sua cuca.

Eu também gosto de dançar o pancadão,
Mas é saudável te dar outra opção.

Os meus heróis estão calados nessa hora,
Pois já fizeram e escreveram a sua história.
Devagarinho vou achando meu espaço
E não me esqueço das riquezas do passado.

Eu quero "a benção" de Vinícius de Morais,
O Belchior cantando "como nossos pais",
E "se eu quiser falar com..." Gil sobre o Flamengo,
"O que será" que o nosso Chico tá escrevendo.

Aquelas "rosas" já "não falam" de Cartola
E do Cazuza "te pegando na escola".
To com saudades de Jobim com seu piano,
Do Fábio Jr. Com seus "20 e poucos anos".

Se o Renato teve seu "tempo perdido",
O Rei Roberto "outra vez" o mais querido.
A "agonia" do Oswaldo Montenegro
Ao ver que a porta já não tem mais nem segredos.

Ter tido a "sorte" de escutar o Taiguara
E "Madalena" de Ivan Lins, beleza rara.
Ver a "morena tropicana" do Alceu,
Marisa Monte me dizendo "beija eu"
Beija eu, Beija eu Deixa que eu seja eu
Beija eu, beija eu deixa qe eu seja eu

O Zé Rodrix em sua "casa no campo"
Levou Geraldo pra cantar no "dia branco".
No "chão de giz" do Zé Ramalho eu escrevi
Eu vi Lulu, Benjor, Tim Maia e Rita Lee.

Pedir ao Beto um novo "sol de primavera",
Ver o Toquinho retocando a "aquarela",
Ouvir o Milton "lá no clube da esquina"
Cantando ao lado da rainha Elis Regina.

Quero "sem lenço e documento" o Caetano
O Djavan mostrando a cor do "oceano".
Vou "caminhando e cantando" com o Vandré
E a outra vida, Gonzaguinha, "o que é?"

Atenção DJ faça a sua parte,
Não copie os outros, seja mais "smart".
Na rádio ou na pista mude a seqüência,
Mexa com as pessoas e com a consciência.

Se você não toca letra inteligente
Fica dominada, limitada a mente.
Faça refletir DJ, não se esqueça,
Mexa o popozão, mas também a cabeça.

A cabeça, a cabeça, a cabeça, a cabeça."


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Trecho de livro...

Não sou adepta de livros de auto-ajuda, mas confesso que um título me chamou bastante atenção: "Treinando a emoção para ser feliz" de Augusto Cury. E numa leitura rápida e superficial do livro, resolvi ler intimamente o último capítulo do livro, esse que postarei agora:

  1. "New York chorou e o mundo se entristeceu: a lógica do terror trai a vida

Quando estava terminando este livro contemplei as imagens dos atentados em New York. Resolvi escrever algumas palavras para mostrar que a lógica do terrorismo vai contra tudo o que disse sobre a grande corrida pela vida. A lógica do terror é uma traição à vida. Imigrantes de mais de oitenta nações morreram neste atentado. Nunca num mesmo lugar e num mesmo momento morreram pessoas de tantas origens. New York nunca mais será a mesma depois de 11 de setembro de 2001. A cidade chorou e o mundo se entristeceu. Não foram os EUA que sofreram o dano, mas nossa espécie. Todos os dias morrem mais pessoas do que neste atentado e das mais injustas formas, mas a morte gratuita de pessoas inocentes revela que chegamos ao topo da desvalorização da vida. Temos de repensar nossa espécie. Temos de refletir para onde estamos caminhando e que tipo de homem estamos formando. O mundo está muito rápido, competitivo e estressante, mas não é possível navegar rapidamente nas águas da emoção. O homem moderno em sua grande maioria não tem aprendido as lições básicas do treinamento da emoção. Não tem aprendido a gerenciar seus pensamentos e a ser líder do seu próprio mundo. A violência nas escolas, as crises entre os povos, a discriminação, os assassinatos em massa por psicopatas e o terrorismo estão presentes de maneira viva nos tecidos das sociedades modernas. O homo sapiens é capaz de ler a memória em milésimos de segundo e, em meio a bilhões de opções, resgatar diversas informações, sem saber como o faz e produzir o espetáculo dos pensamentos e da consciência. O fenômeno do pensamento nos faz diferentes de milhões de espécies da natureza, mas estamos perdendo o sentido de espécie. Estamos ilhados em nossos pequenos mundos. Não percebemos que acima de sermos americanos, alemães, judeus, palestinos, russos ou brasileiros, somos uma única espécie. Perdemos a afetividade e o instinto de preservação. Quando a emoção está sob a ditadura do ódio, fecha-se o território de leitura da memória e bloqueia-se a capacidade de pensar. Neste momento os instintos prevalecem sobre a arte de pensar. O “eu” deixa de gerenciar com lucidez o universo da emoção e com serenidade o mundo dos pensamentos.Tal situação prepara caminho para a lógica do terrorismo. New York caiu em prantos, mas após os atentados, tornou- se um canteiro de solidariedade,compaixão e humanismo. Homens choraram as lágrimas que não eram suas, sofreram por aqueles que nunca conheceram. As flores da emoção se abriram no meio das cinzas. Os que praticaram o terrorismo não eram suicidas. Os que pensam em suicídio querem matar a dor e não a existência. Como disse, eles têm fome e sede de viver. Por pensar no sentimento dos outros, muitos deles, felizmente, não atentam contra a sua vida. Os que praticam o terrorismo, ao contrário, não se importam com a dor dos outros e nem com suas próprias vidas. Estão mortos antes de morrer. Estão enterrados no terreno da insensibilidade. O islamismo não pode ser jamais identificado com o terrorismo. Meus amigos islâmicos são amáveis, gentis e hospitaleiros. Os terroristas traem o instinto da vida, maculam aquilo em que crêem. A lógica do terrorismo é a filosofia do ódio e da vingança, já a lógica do mestre da emoção é perdoar, amar e preservar a vida, mas grande parte do mundo cristão não pratica o que ele viveu e ensinou eloqüentemente: amar cada ser humano até às últimas conseqüências. Nos séculos passados, alguns supostos cristãos também traíram a lógica da vida e os seus ensinamentos fundamentais. Jesus Cristo viveu o maior romance da história, amou desesperadamente a humanidade. Amou nossa espécie e não um grupo cultural ou religioso. Foi o maior alpinista e o maior corajoso da história. Passou por vales insuportáveis e escalou montanhas drasticamente íngremes. Amou os que não o amaram e valorizou os que o odiaram. O risco que se corria ao se aproximar dele era o de se contagiar com seu amor e beber de um prazer inesgotável como um rio de águas vivas. Quanto você está disposto a aprender das lições de seu treinamento? A escolha é sua. Rejeite-as ou ame-as.

2. A ansiedade e a tristeza aumentaram: uma revisão do caos no mundo moderno

Pensávamos que a ciência resolveria todos os problemas humanos. Não resolveu.A ciência não baniu a agressividade, não eliminou o egoísmo, não dizimou o individualismo, não extirpou a infelicidade e nem promoveu a solidariedade. Por quê? O problema não está na ciência. O problema está na alma do homem que produz a ciência Com a expansão da ciência, aprendemos a medir tudo com precisão. Aprendemos a medir as distâncias entre os planetas, o tamanho do átomo, a velocidade dos objetos. Mas não aprendemos a mensurar os fenômenos da emoção. Não estamos percebendo que o homem moderno está menos contemplativo, mais triste e mais sujeito às doenças psíquicas. Tome cuidado! Não se submeta à ditadura dos padrões da estética e do consumismo. Podemos ser felizes com aquilo que temos.Devemos valorizar o “ter”, mas supervalorizar o “ser”. Desconfie do “belo” preconizado pela sociedade. Beleza está nos olhos de quem vê. Você pode ser belíssimo, mesmo que esteja longe dos padrões de beleza. A paranóia da estética tem envelhecido precocemente a emoção. Tem produzido velhos no corpo de jovens. Nunca perca a juventude da emoção, mesmo nos últimos suspiros de vida. Não seja escravo dos seus fracassos, das suas tentativas mal sucedidas de mudar seu estilo de vida, do seu perfeccionismo, das suas preocupações e muito menos dos pensamentos antecipatórios. Nas sociedades livres muitos homens estão vivendo no mais profundo cárcere, o cárcere da emoção. Liberte- se, aquiete seus pensamentos, seu maior compromisso é viver feliz. Milhões de pessoas não freqüentam os consultórios de psiquiatria, mas compactam o sentido da vida.Elas sorriem, mas seus sorrisos são fabricados. Treinaram esticar os lábios. Sabem falar do ambiente exterior, mas só conseguem falar de si quando estão diante de um psiquiatra ou psicólogo.Estão espremidas nas salas de aula, no ambiente de trabalho e apinhadas na sala de TV com toda a sua família, mas estão sós no meio da multidão. Precisamos repensar nossas vidas. Estamos na era dos transportes aéreos e da navegação pelainternet. Nosso mundo ficou muito pequeno e veloz. Mas não deixe o universo de sua emoção ser pequeno e nem deseje que sua emoção caminhe na velocidade das informações. Aprenda a extrair muito do pouco, aprenda a contemplar o belo lentamente. Sempre recorde que as coisas mais belas estão presentes nas coisas mais simples.A miséria sempre foi manchete e a alegria sempre ficou no rodapé. Temos milhões de motivos para ser alegres, mas freqüentemente damos mais importância para aquilo que nos aborrece. Precisamos treinar a emoção para mudar nosso foco de atenção. Não se preocupe excessivamente com sua imagem social. Procure dar o melhor de si, se aperfeiçoe na maneira de ser e de agir, equipe-se intelectualmente para ser profissionalmente eficiente, mas não gravite jamais em torno do que os outros pensam e falam de você. Não viva para trabalhar, trabalhe para viver. Não critique excessivamente o mundo à sua volta. Toda reclamação, crítica excessiva e negativismo são registrados automaticamente em sua memória, expandindo zonas doentias em seu inconsciente. Cuide do que você arquiva que estará cuidando da sua emoção.Eleja prioridades na sua vida, caso ontrário, fará muito para os outros, mas não saberá cuidar da sua saúde emocional. Treine trabalhar com prazer. Conquiste as pessoas difíceis, autoritárias, complicadas, transforme-as em seus amigos. Observe se os defeitos que vê nos outros também não estão em você. Não espere que os outros mudem com você, mude você com eles. Transforme o trabalho tenso e aborrecido em um recanto de prazer. Não espere que a situação mude, mude a situação. Como fazer isto? Lembre-se das lições do treinamento da emoção. A vida exige que sejamos grandes observadores. O pior observador é aquele que não consegue sair da sua poltrona, que exalta, ainda que sutilmente, a sua conta bancária, os seus diplomas e o seu status e não exalta a vida que pulsa dentro de si. Ele terá sempre dificuldade para entender por que os miseráveis sorriem, por que as crianças sem privilégio social brincam. Só a matemática da emoção pode explicar esses maravilhosos paradoxos. Há pobres que são ricos e ricos que são pobres. Um dos motivos que faz com que os que têm muito compactem suas emoções é que eles se tornaram seus maiores inimigos. Eles pensam excessivamente, raramente se desligam. O pensamento acelerado expande a ansiedade e a ansiedade expande a tristeza e a fadiga. Eles devem treinar desacelerar os pensamentos e aprender a acalmar as águas da emoção.

3. Você é único

O mestre da emoção nos deu lições inesquecíveis da aurora ao ocaso de sua vida, enquanto proferia belíssimos discursos até às suas reações ofegantes. Mostrou-nos que a vida é o maior espetáculo do mundo, obra prima do Autor da existência! A vida é bela e inexplicável, mas vivê-la é uma arte. Ela nunca é uma reta, mas um caminho cheio de curvas e de obstáculos imprevisíveis. Quando você iniciou a grande corrida pela vida, foi o maior vencedor. Ganhou medalha de ouro em todas as modalidades, conquistou o pódio. Naquela época, você era frágil, mas foi forte. Hoje, você é forte e inteligente, tem muito mais recursos para superar os obstáculos, mas se sente, às vezes, frágil. Você precisa descobrir que há uma força no seu espírito maior do que imagina. Quando as lágrimas que você nunca teve coragem de chorar escorrerem silenciosamente em sua face e você sentir que não tem mais forças para continuar sua jornada, não se desespere! Pare! Faça uma pausa na sua vida! Tenha coragem de ser um pequeno aprendiz. Retome alguns caminhos, abra novos atalhos e aprenda a mais básica e legítima lição do treinamento da emoção: recomeçar tudo de novo tantas vezes quantas forem necessárias. Nunca seja passivo em qualquer situação que estiver. Ambicione ser feliz! Sonhe em ser feliz, persista em ser feliz. Almeje ter uma vida tranqüila. Treine gerenciar seus pensamentos e dar um choque de lucidez na sua emoção. Que você nunca desista dos outros! Que lhes dê todas as chances necessárias. Que possa ajudá-los a corrigir as rotas de suas vidas, mas, se eles tiverem dificuldades para caminhar, não os condene, carregue-os em seus ombros por algum momento. Se eles não quiserem ser ajudados, aprenda a controlar a sua ansiedade e poupar energia; respeite-os e espere até que eles peçam ajuda. Que você jamais desista da vida e nem se auto-abandone, mesmo se o mundo desabar sobre você e ninguém o compreender. Que dos momentos mais difíceis de sua vida você possa escrever os mais belos textos de sua história. Que você aprenda a erguer os seus olhos e enxergar continuamente o mistério e o encanto da existência, seja nas tormentas ou nos dias ensolarados, seja na solidão ou no conforto social, seja no anonimato ou nos dias de glória. Que você fique sempre atônito em saber que no começo da sua história suas chances de estar vivo eram próximas de zero, mas você agarrou todas as oportunidades para viver e por isso venceu a grande corrida pela vida. Que você possa se levantar todas as vezes que tropeçar e continuar sem recuar. Que você fique fascinado em descobrir que, segundo o pensamento do mestre da emoção, para o Autor da vida, Deus, você é um ser insubstituível, ímpar, exclusivo. Que vocês sejam grandes e inseparáveis amigos. Que entre vocês haja um memorial eterno, um relacionamento infindável escrito com lágrimas comoventes e alegrias exuberantes. Que você nunca se sinta mais um número na multidão. Que tenha plena convicção de que ninguém é maior ou menor do que você nesta terra. Que jamais duvide de que, embora tenha diversos defeitos, dificuldades e momentos de insegurança, o universo não seria o mesmo sem você. Que você não tenha medo das longas noites que a vida lhe trará. Que possa aguardar sempre o amanhecer, pois o sol não deixa de brilhar para os amigos da paciência nem para os amantes da sabedoria. Meu desejo é que você honre solenemente o espetáculo da vida e que seus dias sejam felizes mesmo diante de todos os seus desertos..."

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Educação e ORDEM Brasil!!

Muita gente fala que o curso de direito tá esgotado com seus tantos estudantes, que daqui a pouco não se vai ter mais espaço “pra tanto advogado” e que em cada esquina tem uma faculdade de Direito, isso sem contar com esse ensino “à distância” e muito distante do ideal.

Eu concordo. Em partes.

Concordo que há muitas faculdades de Direito no Brasil, mais até do que em todo o mundo. Nosso país tem um total de 1.240 instituições com esse curso, enquanto os outros países juntos somam 1.110.* E o pior dessa estatística é que muitos desses cursos não têm qualidade acadêmica, seja por culpa das faculdades ou dos estudantes.

Pra arruinar ainda mais a educação brasileira o MEC vem aprovando e regularizando o ensino a distância que pra muitos pode ser uma válvula de escape, a oportunidade de cursar uma faculdade, mas que não enxergam o futuro e não tem a consciência de que o importante não é o diploma, mas o conhecimento adquirido e que se pode colocar em prática. Não dou credibilidade a uma sala de aula virtual onde ao invés de os alunos terem aula de segunda a sexta, tem apenas em um dia da semana e onde um semestre se resume a um mês. Educação tem que ser PRIORIDADE.

O diploma de Direito abre inúmeras possibilidades, portanto, não concordo quando dizem que já não há espaço pra tanto advogados, fato esse facilmente comprovado: O resultado do último exame de ordem, onde apenas 9,74% de 116 mil inscritos foram aprovados. Sabe o que isso significa: MAIS DE 90% DE REPROVAÇÃO. Foi o pior resultado da história da entidade. Onde está a qualidade do ensino, não só dos cursos de Direito, mas de todos? Onde está o comprometimento do estudante com ele e com a sociedade? O exame de ordem, acredito, é difícil, mas isso não é justificativa para números tão baixos. Esse é realmente um exame de ORDEM, pois imaginem a DESORDEM que ia ser se todos esses alunos fossem aprovados?! Se não sabem o mínimo de suas teorias, como colocá-las em prática na sociedade? E estendo esses questionamentos para os outros cursos: quantos engenheiros, médicos, professores estão se formando aos montes e quantos realmente merecem o diploma e a nossa confiança?

O ensino superior no Brasil é falho, assim com o ensino básico. O governo se orgulha porque faz ProUni, Fies, Bolsa num sei o quê, alegando que está dando a oportunidade de uma profissionalização pro jovem, mas oportunidade seria se esse ensino fosse de qualidade. A célebre frase “Quantidade não é qualidade” nunca fez tanto sentido.

*Dados da fonte: http://colunistas.ig.com.br/leisenegocios/2010/10/13/brasil-e-campeao-em-faculdades-de-direito/

domingo, 15 de maio de 2011

A homoafetivadade

Muito se fala atualmente em Direitos Humanos, em igualdade de direitos, em oportunidades para todos. E nessa perspectiva muitos grupos e ONG’s tem se formado em busca de assegurar essas garantias inerentes a pessoa humana. Negros, índios, deficientes, homossexuais cada vez mais têm seu espaço e suas singularidades respeitadas.

Um desses grupos tem se destacado no cenário brasileiro, principalmente nos últimos dias: o LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Isso por que por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram, na quinta-feira (05-05), a favor do reconhecimento legal da união estável entre gays. Entretanto essa decisão ainda pode mudar, visto que os ministros podem mudar de opinião até o fim do julgamento. Ao persistir a aprovação, os homossexuais, através de união estável poderão então ter os mesmos direitos e deveres que a nossa legislação estabelece para casais heterossexuais como desfrutar de heranças, pensões, aposentadorias, serem inclusos em planos de saúde, além de terem direitos familiares como a adoção de crianças.

Esse tema da homoafetividade trouxe a tona nos últimos dias outra problemática: a votação de um projeto de lei que torna crime a homofobia. O projeto inicial (PL 5003/2001) foi uma iniciativa da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), juntamente com mais de 200 organizações de todo o Brasil que propõe a criminalização desse tipo de preconceito. Mais tarde transformou-se em um projeto da Câmara: PLC 122/2006 que torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

Mas pra quê mais uma lei? E porque não fazer valer a que já existe? Fazê-la eficaz, eficiente e aplicável de maneira justa? A nossa Constituição é bem clara. O inciso IV do artigo 3º diz que é objetivo fundamental da República Federativa do Brasil “Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. E o artigo 5º reforça: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]”. Já está embutido nessas afirmações que não é admitido o preconceito de nenhuma maneira, inclusive contra os homoafetivos e se ela vier a ocorrer haverá de ser punida como qualquer outra forma de preconceito deverá ser combatida. Não precisa se criar uma lei para os negros, para os brancos, para os índios, para os homoafetivos, para os heteroafetivos. A lei é geral, tem que ser única pra um só grupo: o grupo humano. É na igualdade de deveres e obrigações que se alcança a igualdade de direitos.

sábado, 16 de abril de 2011

Pense nisso!!!

Quando você era bem pequeno...


...eles gastavam horas lhe ensinando a usar talheres nas refeições...


... ensinando você a se vestir, amarrar os cadarços dos sapatos, fechar os botões da camisa..

Limpando-o quando você sujava suas fraldas lhe ensinando a lavar o rosto a se banhar a pentear seus cabelos...

...lhe ensinando valores humanos...



Por isso...


...quando eles ficarem velhos um dia...e seria bom que todos pudessem chegar até aí (não preciso explicar...não é?)


...quando eles começarem a ficar mais esquecidos e demorarem a responder...


...não se chateie com eles...


...quando eles começarem a esquecer de fechar botões da camisa, de amarrar cadarços de sapato...


...quando eles começarem a se sujar nas refeições...


...quando as mãos deles começarem a tremer enquanto penteiam cabelo...


...por favor, não os apresse... porque você está crescendo aos poucos, e eles envelhecendo...

...basta sua presença... sua paciência... sua generosidade... sua retribuição...


...para que os corações deles fiquem aquecidos...


...se um dia eles não conseguirem se equilibrar ou caminhar direito...


...segure firme as mãos deles e os acompanhe bem devagar respeitando o ritmo deles durante a caminhada... da mesma forma como eles respeitaram o seu ritmo quando lhe ensinaram a andar...

fique perto deles...assim como...

...eles sempre estiveram presentes em sua vida, sofrendo por você... torcendo por você....
E vivendo "POR VOCÊ"


"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz.
Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"
( Max Gehringer)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Assassinos em massa.

Todo o país ficou chocado com o recente crime ocorrido numa escola em Realengo no Rio de Janeiro no dia 07 de abril. Um ex-aluno entrou na escola, feriu várias crianças, matou 12 e logo após ter sido baleado pela polícia cometeu suicídio. Esse caso foi muito noticiado durante a semana e até saiu na imprensa internacional e não quero mais ficar tratando do crime, pois infelizmente as vidas perdidas já não voltam mais. Do que quero escrever aqui é sobre o que motivou esse rapaz tão novo a cometer tamanha barbárie, assim como outros assassinos em massa.

Nesse caso de Realengo o matador tinha um histórico de humilhações e perdas e muitos acreditam ter sido o espírito de vingança que o motivou a cometer o crime. Uma coisa já é certa: esses assassinos em massa canalizam todo esse sofrimento e angústias sofridas para estudar e planejar a maneira de vingar-se. São mentes perigosas, inteligentes, que tem consciência das conseqüências do que fazem. São crimes (bem) planejados, tanto que o rapaz carregava consigo uma mala com um lençol e uma carta dentro quando entrou na escola. Ela sabia bem o que estava fazendo. Destruiu em sua casa o que poderia servir de pistas ou provas sobre ele e seus comparsas, mas felizmente a polícia conseguiu resgatar algumas informações. Outro caso bem conhecido ocorreu em 2007. Um sul-coreano matou 32 pessoas nos Estados Unidos em uma escola técnica e depois suicidou. Mas o que levou essas pessoas a cometerem tantos assassinatos? E porque homens?

Algumas pesquisas já mostraram que mulheres são menos propensas a sentir raiva do que os homens. Para os homens as coisas se resolvem na “porrada”, na violência, na agressão física. Já as mulheres tendem a usar o chamado pelo psicólogo Nicki Crick de "agressão relacional", caracterizada por boatos, fofocas, flagrantes, zombaria etc.

Os assassinos em massa têm pontos em comum quanto ao seu histórico de vida, atitudes e pensamentos. Fox e Jack Levin, diretor do Centro Brudnick para Conflito e Violência, da Northeastern, listaram cinco fatores: “Um longo histórico de frustração e fracasso; tendência a culpar os outros e nunca aceitar a culpa por seus próprios erros; ser socialmente isolado e solitário; passar por algum tipo de ‘gota d'água,’ como ser abandonado pela namorada ou demitido de um emprego e ter acesso a armas de fogo, preferivelmente de alta potência”.

Todos nós passamos por perdas, sofrimentos, medos angústias, humilhações, desgostos, aflições, uns mais, outros menos é verdade. Mas para uma pessoa tornar-se criminosa como nesses casos, é necessário bem mais que isso. Acredito que essas pessoas devam ter algum tipo, algum grau de doença mental, como no caso de Realengo, que já foi comprovado que o homicida fazia até tratamento, mas havia deixado há algum tempo.

Essas pessoas se revoltam contra a sociedade, intensificam o que vivem de uma forma negativa, se vêem como vítimas, acham que foram injustiçados, culpam os outros por seus fracassos e sentem que a vida não vale a pena. E antes de morrerem, geralmente suicidando, eles precisam de alguma satisfação, alívio de ter feito justiça, de ter se vingado, punindo aqueles que eles consideram responsáveis.

O governo brasileiro deve tomar como base esse e outros tantos casos e cuidar para que essas pessoas doentes sejam tratadas e assim poderem conviver em sociedade. Porque enquanto família e Estado não se unirem para olhar por essas pessoas, eles estão olhando pela gente, e sabe lá planejando o quê.

domingo, 3 de abril de 2011

Tiririca: o deputado mais votado do Brasil...

Ele começou a aprontar cedo. Pois acreditem que de acordo com o Estadão o deputado federal Tiririca (PR-SP) pediu reembolso à Câmara por despesas de quase R$ 1.000 depois de passar alguns dias num resort em Fortaleza. Entretanto, esse reembolso só pode ser feito se ele estivesse digamos "viajando à serviço" ou seja, se as atividades por ele praticadas lá fossem parlamentares, políticas, referentes ao seu trabalho como deputado, mas ao que consta ele viajou mesmo pra visitar parentes. Ah Tiririca, tenha dó. Não venha querer fazer o Estado de palhaço, o palhaço aqui é você!

Preconceito contra os negros ou apenas um mal-entendido?

Na última segunda-feira dia 28 de março, o programa CQC da Band mostrou no quadro "O povo quer saber" uma entrevista com o deputado Jair Bolsonaro (PP - RJ) em que as perguntas eram feitas não por um repórter do programa, mas pela população. Uma dessas pessoas foi a cantora/atriz Preta Gil que fez a seguinte pergunta: "Se seu filho se apaixonasse por uma negra o que você faria?" Ele respondeu de forma áspera e indecorosa que ele não corre esse risco, pois seus filhos foram muito bem educados. O que ele quis dizer com essa afirmação? Preconceito explícito ou apenas entendeu mal a pergunta de Preta?
Bom, o fato é que depois que o advogado dela declarou que iria ajuizar uma ação contra ele no Ministério Público por discriminação racial e homofóbica, além de entrar com uma representação na Câmara dos Deputados para que seja apurado a falta de decoro parlamentar dele, Bolsonaro veio à imprensa se defender. Alegou que confundiu a pergunta e entendeu referir-se aos gays. Mas e os negros são melhores que os gays? Então ele não foi preconceituoso contra os negros, mas é declaradamente contra os gays? Constitui discriminação do mesmo jeito, ele só mudou o alvo.
É inadmissível que um representante do povo e do Estado Brasileiro que denominam de democrático, tenha esse comportamento discriminatório. Mesmo que ele tenha entendido errado a pergunta, não lhe dá o direito de desrespeitar e humilhar quem quer que seja. A constituição é clara e não permite esses abusos, ele mais que ninguém deveria saber disso e deveria lutar por igualdade de direitos e não estimular, acentuar essa prática tão repugnante que é o preconceito.
Precisamos escolher melhor nossos representantes, agora mais do que nunca. Pois estamos passando (e não é de hoje) por uma série de mudanças que precisam ter suas ações regulamentadas no nosso ordenamento jurídico: o aborto, a questão da profissionalização da prostituição, a legalização das drogas, os homossexuais, enfim, são questões complexas que precisam de pessoas capazes, competentes e psiquicamente saudáveis para discutí-las e decidir o melhor pro nosso país. Uma pessoa que diz que se um filho é gay é porque faltou-lhe "porrada", que as pessoas que pegam AIDS por "vadiagem" não é problema do Estado e que apoia a Ditaura Militar precisa seriamente fazer algum exame psicológico pra comprovar sua sanidade mental. Agora é preciso saber se alguma providência será tomada contra este senhor ou este caso vai ser mais um escondido pra debaixo do tapete.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Recadinho...

Deus coloca uma vírgula onde existe um ponto final... Pra nós podermos ter a sensação de que é o fim, mas Deus decide que alí será o recomeço! Acredite em Deus, tenha fé!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

"O ano termina e nasce outra vez..."

Mais um ano está começando e com ele novas promessas, sonhos, esperanças, votos de paz, prosperidade e felicidades. O Natal passou e você já reviu aquele seu parente que mora distante, já pediu desculpas a sua vizinha chata e intrometida (afinal de contas você não quer começar um ano brigada com alguém), recebeu na sua casa aquela pessoa não muito querida, ganhou a camisa oficial do seu time ou aquela maquiagem que você tanto queria e que não podia comprar naquele momento, ganhou também um pano de prato ou um barbeador elétrico que pouco vai mudar na sua vida e que você queria até trocar, mas que por causa dos bons modos guardou o presente e disse: “- Que ótimo, era o que eu estava precisando!”

Chega o Ano Novo (quase) todos se reúnem mais uma vez e a meia-noite todos se abraçam desejando felicidades e um bom ano novo...

Toooodo aaaano é do mesmo jeito... Mas de que adianta tudo isso se logo depois as coisas voltam ao “normal” e as pessoas esquecem o que fizeram, o que disseram, desejaram?

Não vou negar que gosto muito dessas datas, mas será que é necessário uma data como o Natal ou o Ano Novo pra se pedir desculpas, para amar, para presentiar, para aconselhar, retribuir um gesto de carinho, fazer as pazes, visitar quem está longe, ou ligar pra apenas dizer: “Estou aqui quando precisar”. É muita hipocrisia desejar o bem da boca pra fora pra quem você não quer bem, é muita covardia se esconder atrás de uma data pra dizer: “eu te amo”, “me perdoa?”. O ano inteiro está aí, está começando agora: ame mais, visite mais, perdoe mais, ajude mais, faça de cada manhã da sua vida um Natal, com Jesus renascendo no seu coração e te iluminando assim como o sol faz com a terra. Faça de cada noite, um Ano Novo cheio de fogos, abraços e recomeço, assim como a madrugada transforma a escuridão da noite, na claridade do dia.

Feliz 2011 a todos!

E principalmente que seja um ano sem desgraças, desabamentos, soterramentos, enchentes, terremotos. Que seja mais que nunca um ano de “Direitos”. Direito a vida, a alimentação, a moradia, a segurança, a educação, a PAZ, PRA TODOS NÓS.